Alma


Moro na minha alma quando verso
quando toco um canto de alaúde
quando acordo leve com assobios
quando estou com febre de voar
ventos que transpassam as costeiras
vultos que balançam atrás de rima
moro na minha alma quando anima
toda uma consciência de versar
prosas se insinuam num relevo
substância sólida do espírito
empírico dom de despertar
há de ter ainda outra coisa
Girassóis num quadro de Van Gogh?
fragmentação de luz e cores,
e os amores cálidos de se entregar.


Claudia Almeida

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