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Cravos pelas campinas
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Aquecidas pela renda marrom
dobram-se as pétalas da flor
dormem as sementes por estações
acorda vida, promessas de amor.
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Deixa que os pássaros cantem
enquanto o reino germina
inebriada pelo próprio perfume
abre-se a púrpura flor
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Sentada à margem de um rio
o tempo escorre lento
e o poema nasce macio
a brisa faz ondas nas colinas
e o verso da flor mais o vento
leva pra longe, muito longe
cravos pelas campinas
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Claudia Almeida & Lenise Marques