O pescador

As garças brancas passam
Pela caverna
Eles estão livres das sombras
E foram pescar sardinhas
O cachorro dorme no bote
Os pescadores jogam suas linhas
E os anzóis sobem sem peixes
Eles conhecem o preço do balde
São os prumos das linhas que querem
Esvaziam o mar com areia e terra
Um palmo d’água pra pescarem
E um banco de alga para acuarem.

Claudia Almeida
12/07/2010

Um comentário:

José Carlos Brandão disse...

Muito bom, Cláudia. A beleza das garças brancas livres das sombras da caverna - essa antítese torna mais bela a paisagem que o poema cria.
Beijos.