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Papoula ártica
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Homens que moram no inverno
No extremo da alma
Na paisagem branca
Sobre o sol petrificado
Escavam sua pesca
Homens de raízes brancas
Que a vida esquecem as cerejeiras
Floridas em outro lugar
E os cachorros de olhos azuis
Puxam o couro com peixes
E focas, baleias e pinguins
O pé afunda e encontra a solidão
Do oceano gélido
Cristalizando os povoados
A papoula ártica brotou
Para os viajantes do inverno.
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Claudia Almeida
28/09/2010

2 comentários:

Cristiano Melo disse...

Claudinha,
O poema é demais lírico. Adoro gelo, já fui à Antártida, e me pareceu um poema-lema para um mundo como aquele.
Amei!
beijos

Andréa Meirelles disse...

Maravilhosa descrição em forma de poesia! Parabéns, Claudia!
Bjs,
andréa