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Ainda choro
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Morria todos os dias na infância
E sonhava, eram brincadeiras
Eu guardava pardais nos ninhos
E o carretel da cafifa esvaziava
A gota d'água do meu umbigo
Eu brincava na chuva, não ouvia
Eu ria dos mitos das telenovelas
Eu ria da parede descascada
Das espécies do meu quarto
A lagartixa feita de pão comia
Insetos, menos joaninhas
Eu tinha panelas de ágata
E bonecas de algodão
Cozinhava o arroz do dia
Removendo as pedras de som.
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Claudia Almeida
08/02/2011

2 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Morria todos os dias na infância - e isso era a felicidade.
Abraços.

Zélia Guardiano disse...

Muito lindo o seu espaço, Claudia!
Estou encantada!
Que feliz descoberta, esta minha...
Virei sempre.
Abraço.