Seco

Caminho no rio seco do agreste
A flor foi levada pelas abelhas
Escavo a alma em busca do amor
O galo de campina já não canta
Encontro ossos no leito seco
Engaiolaram a dor do pássaro
Os dentes do morto sorriem
Da fome e da morte inaugural

Claudia Almeida

Um comentário:

Sônia Brandão disse...

Um poema seco, duro como a pedra.

bjd