botas verdes

eram botas verdes de mangue
escuto o rumor da cachoeira
sob o caminho das flores
dessas florezinhas de orelha
o meu desassossego 
sentada ao lado dum filete
d' água rugem meus pensamentos
de vida e morte da vida
dum doce lamento
de água que toca o cristal
entre pedras e firmamentos
mora em mim uma dor abissal
o berro do burro espanta
borboletas do futuro
na beira vermelha de estrada

claudia almeida

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