morrendo entre as pedras
nem nas minhas tardes
mais remotas
abriu-se um terremoto
sob mim
o que detona a síria?
pois tudo foi longe demais
o detonador americano
deserta a esperança
o meu interno é um drama
um partir de flores
crianças sujas no fronte
memória que o amanhecer revela
bombas de ferro,
peitos de homens
sonhamos com pedras
e pálpebras puras e mortas
deixem ali no fundo do saco
a morte do escavo
o avião que observamos
os caminhos sumiram
bloquearam a água
cheguem mais perto dos mutilados
da palavra que explica o destrato.
claudia almeida




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