...................Imagem Google
O retorno da seca
.
A sementeira na multidão caminhando
A chuva no charco os pés molhados
E a dor tão antiga se abre e chora
No lamento do cajueiro a sombra
E a fruta seca pra descanso da língua
Os sem terras olham o furo da morte
As crianças trabalham para o planalto
E o cenário é a cópia oficial do senado
Seca no nariz e nos olhos queixada estrelar
E não aprendem a ler no punhado de areia
É mula sem cabeça esse corte ao povo
E Narizinho que nunca faz ninguém pensar
A informação nunca foi plantação
Aos olhos d’água fez trova iletrada
Pra sacudir a sopa do prefeito
Com protozoários que proliferam
Prolixos aos que lêem as águas...
.
Claudia Almeida
20/08/2010

Nenhum comentário: